O poeta romântico não mais existe, ao menos para a literatura e história. Com o inicio do modernismo os poetas de hoje, são considerados apenas modernistas, ou comtepôraneos, não respeitando assim o "Romântico" e para os mais apaixonados, assim como eu, os barrocos. Tentarei aqui, não ser um romântico, ou barroco, serei algo além do que um modernista, ou um comteporâneo, serei o que vivo.
Uma Dama de Negro
domingo, 21 de novembro de 2010
Anjo
Anjo meu,
Que asas negras tens?
Acaso sujaste a castidade de vosso corpo?
Puras és ainda,
Se findares vossos prantos,
Em meu peito,
Não vos deixaria sofrer,
Sofreria antes por vós,
Sofrer por vós não é sofrimento,
É meu dia de vida,
Dá-me tuas asas e trarei,
A vós meu coração,
Que ficou entre as águas,
Da vida do mar morto,
Por meus versos que sangravam.
Deixaste cair,
Enquanto sobrevoava meu peito,
No momento em que vos versava,
Deixa-me entregar-vos,
Ao coração vosso,
Meu peito,
Meu amor,
Meus dias,
Meus versos.
Econtras-me,
No bosque verde,
Das almas puras,
E lá entrega-me o coração,
Que perdi,
Em vossos versos,
Leva-me até onde,
Escondeste os versos,
Poeta dos dias lindos,
Hei de findar-me convosco.
Tomai em vossas mãos,
Meus versos,
Dá-me vosso sorriso,
Sorrirei a vós para eternidade,
Do infinito que findarei,
Para que morramos juntos,
Ou sejamos donos da eternidade.
(Odoacro Souza)
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