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Uma Dama de Negro

Uma Dama de Negro
Quantos de nós não vemos nosso amor, como uma negra dor, ou um passado que jamais construirá nosso amor? Aqui uma excelente representação de amor aprisionado, ou de uma amada que nos despreza negra como a dor.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Luz

Luz me veio,
Que há que tudo,
É parecido,

Com o azul dos olhos?
Que olhos teriam,
Tamanho azul,

Que o céu,
Em cintilante tarde,
Não pode fazer,
Frente, se quer um assobio?
Tudo a volta,
Desta luz,

Não é mais sombrio,
Parece apenas escurecer,
Que luz turva,

Seria,
Mais turva,
Se a luz que vejo,

Fôsse assim turva?
Quem erraria perto,
Do erro desta luz,

Se errada fôsse essa luz?
Que luz por fim,
Poderia clarear,
Algo que esta luz,
Tocasse,
Enfim?

Que luz esta,
Que não a de vossos,
Olhos superar?

Enchergo apenas,
Por vosso olhar,
Vejo por meus olhos,

Vosso ventre,
Vosso amor,
Meu desejo,

Lá haverei de nascer,
E vós,
Jamais de padecer.

Odoacor Clélio

Não sabeis vós o quanto,
É-me horrível tocar-vos,
Em plena manhã de sonho,

Apertado ao peito,
Por suspirar,
A ilusão,

Que fim rápido,
Seria tão doce,
Se logo vinhesse a este,

Sofredor,
Triste de mim,
Felicidade vossa,

Mas que seja o raio partido!
Serei homem feliz,
Aos braços da próxima,

Meretriz que aos vossos,
Cabelos fizer frente,
Que não sejam mais belos que os vossos,
 
Triste sereis vós,
Quando logo,
Um meretriz cheirosa,
 
Encontrar,
Vosso perfume,
Não mais tirar-me-á a sobriedade,

Mais que não seja tal,
Perfume mais cheiroso, 
Que o vosso,

Pena será o dia,
Que veres-me,
A outros braços,
Jogado,
Serás vós, 
Nada a este homem,

Aos prazeres,
Carnais jogados,
Mas que vosso,

Olhar não mo condene,
Morreria tão logo,
Soubesse de vosso desprezo.


Odoacro Clélio


Pragas a Minha Amada

Que serviço é o vosso,
Que ao diabo serves,
Ao vosso deus adora,

Mas a este poeta desprezas?
Que inteligência é a vossa,
Que ouves a natureza,

Segues o conselho do homem,
Mas a poesia minha desprezas?
Conseguirias vós ser mais tonta,

Que a burrice que vos acompanha?
Não sabeis vós,
Que o maior erro que podes cometer,

É desprezar-me?
Rogo-vos terrível praga,
Rogo-vos,

Amores terríveis,
Dores insuportaveis,
Ferimentos abertos,

Com meu nome,
Em vosso peito,
Saberás que a mim,

Não devias nunca,
Ter desprezado,
Será vosso amor,

Fétido como,
Vento soprador da carniça,
De vossos lábios,

Podres em vossa face,
Assim também imunda,
Violenta e horrenda,

Mas até lá rogo por vosso amor,
Em meu peito,
Jamais partir.

Odoacro Clélio



Bonsai

Rara árvore,
Vosso cheiro,
Raro frescor,

Da árvore mais bela,
O orvalho tão pequeno,
Quantos vossos lábios,

Ah doces carnudos,
Que beijo,
Dar-vos-iam que não,

Lha arrancassem os lábios,
Levando consigo,
Vosso beijo,

Escondido entre os pequenos beijos,
Do lábio carnudo,
O desejo?

Assemelha-vos a um bonsai,
Árvore de pequena criação,
Linda obra a seu dono,

O desejo de morrer,
Caso cresça a pequena,
Assim penso de vós,

Pequena dama,
Aos olhos de meu ser,
És,tu,  meu bonsai,

Se cresceres terá infarto,
Meu peito,
Morrerá meu coração,

Orvalhará meus olhos,
Molhado de dor ficará meu coração,
E logo serei, eu,

Um bonsai ao Criador,
Tamanha minha dor,
Nunca chegarei a ser vossa flor.


Odoacro Clélio



Cantiga para um amor

Que dia!
Onde poderei alcançar meus dias,
Que não em braços tão sedosos?
Poderia passar a eternidade,

Fazendo carinho em meus cabelos,
Que a estes braços jamais,
Saísse meu debruçar,

Sem que jamais minhas bochechas,
Não ficassem esmagadas,
Por vosso perfume,

Fluente amor,
Doce cantiga de ninar,
Aos meus medos,

Nervosos, dores,
Deslizes de ciúme,
Ai de mim,

Vida logo tenha seu fim,
Se estes braços sedosos,
Logo abandonarem-me,

Quero, convosco, eternidade,
Ver findar,
Se meu amor por amor,

Logo acabar,
Ai que triste de mim,
Será,

Sem vosso afagar,
Sonhos convosco,
São dias de sol,

Em plena noite,
Claridão de céu,
Aurora Boreal,

Cinema ao vosso show,
Show ao vosso cinema,
É o beijo fogoso,

Que me tomas,
Quando penso,
Em deixar-vos,

E logo meu caminho seguir,
Tomas-me,
Roubas-me,

Faz-me sentir peça usada,
Aos vossos caprichos,
De tão triste,

Fico contente,
Pois só assim,
Não findo o verso,

Sem vos dizer,
Que louco sou,
Que juízo,

Sempre terei enquanto vos amar,
E logo não desfrutarei,
De meu juízo,

Se aos vossos braços,
Deixa-me largar,
Aos braços de outrem encontrar.



Odoacro Clélio


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