Viajou a doce amada,
Que cruzeiro,
Do rio triste,
Poderia alegrar-vos?
Senti-me,
Em solidão,
Apenas colocava,
Moedas,
Destintas,
Aos que minha,
Presença,
Necessitavam,
Passar ao além,
Sob proteção de amor,
Ai de mim, saudade de amor!
Sou eu o barqueiro,
Antigo,
Que salva em troco,
Da moeda nos olhos,
Do olhar,
Em riquezas,
Condeno.
Vos procurei,
No mar,
A muitos fiz medo,
Temer,
E coragem,
Pedir socorro,
Estava feio,
Em névoa,
A vossa procura,
Vi-la sorrir,
Sorri também,
Confundido fui,
Com tesouro,
Tentaram resgatar-me,
Aos olhos humanos,
Fugi,
Ao vosso encanto,
Segui,
Tentei a visão,
Mais fui preso,
Quisera eu a morte,
Senhora,
Mas se o fizesse,
Que poria,
As almas no além?
Que lhas tiraria a moeda,
Dos olhos?
Levai-me senhora,
Em próxima viagem,
Ser-vos-ei,
Garçon,
Homem,
Senhor e servo,
Quem mais,
Amar-vos-ia,
Além deste,
Barqueiro,
Do além-mar?
Se o fizer,
Veríeis,
A guerra,
Que homem comum,
Não batalha,
Acumularei almas,
Na bacia do paraíso,
No mar da perdição,
Não haverá lugar.
Odoacro Clélio
PS: Com carinho dedico a poetisa "Estrela Selma" a poesia em homenagem a lenda perdida do barqueiro que levava as almas ao cruzamento do além,aqueles que tinham uma moeda nos olhos, e a saudade que senti de minha poetisa em sua viagem.
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